Olha…

Fui ver Barbie com as meninas na sexta. Tínhamos pouco tempo. Era sair de casa, jantar qualquer coisinha na rua e entrar no cinema. Não deu nem pra discordar sobre o que comer, escolhemos um japonês desses de shopping. Eu fui no combinado mais simples e depois, achei a coisa toda meio salgada demais. Subimos as escadas, elas direto pra comprar a pipoca e eu para um xixizinho. Eu amo pipoca doce, mas assim, amo forte. Compraram a menor que mesmo assim era enorme. Comemos, a Sofi e eu, Lala não gosta de pipoca, ⅓ do pacote, no máximo. Achei a coisa toda meio doce demais. Aí fiquei numa sede gigante, maior do que o pacote de pipoca. Mas era uma sede esquisita, sabe? Uma sede de salgado, misturada com uma sede de doce. E eu já tinha tomado chá e água o dia todinho, pensei que teria que me levantar um milhão de vezes para outros xixizinhos e eu queria ver o filme, tinha me prometido que não ia levantar questões demais, Barbie, né?… Olha… Durei só até o táxi e levantei as questões do mundo todo, embora siga recomendando o passeio. As meninas do mesmo jeito, ainda bem.

Aí passou. No sábado, a gente acordou cedo, Lalá tinha prova, Sofi ia pra um aniversário em um parque, queria ir de metrô com os amigos, era longe. Eu tinha prometido que iríamos à 25 de março (rua de comércio no centro da cidade, lotadinha, baguncinha, aquela coisa), esqueci do parque. Uma na prova, a outra tentando me provar que 30km é do lado e eu com sono e sede da sexta ainda. Sofi desistiu da 25, pegou o metrô pra um lado e Lala e eu para o outro em relação ao centro. Eu senti um certo alívio, porque os amigos eram grandes e eram na maioria meninos. Encontramos no fim do dia em casa, Lala tinha convidado uns amigos pra comer pizza, Sofi tava só o pó, quis dormir cedo e eu fui encontrar amigos da escrita em um bar.

Tomavam cerveja quando eu cheguei, mas diziam de uma caipirinha de jambu que era isso e aquilo. Eu quis provar. Forte que nem sei, açúcar de menos parece. Tomei uma e lembrei que não tinha jantado. Do que achei no cardápio, só dava pra pedir a batata frita. Pra comer só tinha batata frita mesmo. Pedi. Achei a coisa toda meio salgada demais. A porção era tão mini, e foi tão dividida por todo mundo, que pedi outra. O dono do bar vem entregar e diz que já que eu tinha me liberado da dieta hoje, minha próxima caipirinha viria com açúcar. Olha…

No domingo, Sofi tinha um Bar Mitzvá, toda animadinha. Lala e eu fomos deixá-la na festa e andamos até um restaurante que vínhamos paquerando pertinho de casa. Lotado o lugar, esquecemos do dia dos pais. Esquecemos assim, no que se refere a restaurantes lotados, tanto ela quanto eu felicitamos os nossos e toda aquela coisa. Eu não esqueci não, desde sexta não tiro esse dia da cabeça. O Kenough, o metrô mais seguro se como amigos, a dieta imaginária, a falta e o excesso de açúcar, os meninos comendo a minha batata, as homenagens, as homenagens. Olha… Boa semana, queridos.

Roberta dalbuquerque